
Língua Gestual Portuguesa: 10 curiosidades que provavelmente não conhecia
- 1 O Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa celebra-se no dia 15 de novembro
- 2 A LGP só foi reconhecida na Constituição da República Portuguesa em 1997
- 3 A LGP é uma das três línguas oficiais de Portugal
- 4 A LGP tem influências suecas
- 5 Alguns países em África também aprendem LGP
- 6 A LGP não é utilizada no Brasil
- 7 A LGP tem um alfabeto manual que se chama dactilologia
- 8 A LPG é diferente da linguagem oral
- 9 Existe um projeto chamado “Mãos que Cantam” que interpreta músicas em LGP
- 10 Existem nomes gestuais
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a língua gestual não é universal. Tal como existem milhares de línguas no mundo, também existem cerca de 300 línguas gestuais diferentes, e uma delas é a Língua Gestual Portuguesa (LGP).
A wisdom TRANSLATIONS dá a conhecer algumas curiosidades sobre esta língua.

O Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa celebra-se no dia 15 de novembro
A comemoração deste dia deve-se aos esforços da Comissão para o Reconhecimento e Proteção da Língua Gestual Portuguesa e Defesa dos Direitos das Pessoas Surdas criada a 15 de novembro de 1995.
A LGP só foi reconhecida na Constituição da República Portuguesa em 1997
Devido aos esforços da Comissão para o Reconhecimento e Proteção da Língua Gestual Portuguesa e Defesa dos Direitos das Pessoas Surdas, o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa foi reconhecido pela Constituição a 20 de setembro de 1997.
A LGP é uma das três línguas oficiais de Portugal
O que muitos não sabem é que Portugal tem três línguas oficiais, o português, o mirandês e a Língua Gestual Portuguesa. A comunidade surda em Portugal conta com cerca de 30 mil pessoas e é usada por toda a comunidade, bem como pelos seus familiares, educadores professores, técnicos e muito mais.
A LGP tem influências suecas
A primeira escola de surdos em Portugal foi inaugurada em 1823 na Casa Pia em Lisboa, com a ajuda de Pär Aron Borg que veio para Portugal a pedido do rei D. João VI. O sueco tinha já fundado no seu país um instituto para a educação de surdos, e, assim, veio dar o seu contributo na criação da primeira escola em Portugal. Por esta razão e, apesar de a Língua Gestual Portuguesa e a Língua Gestual Sueca terem um vocabulário e alfabeto distintos, é possível verificar que a sua origem é comum.
Alguns países em África também aprendem LGP
Para além de Portugal, a LGP também é ensinada em alguns países africanos, entre eles temos, por exemplo, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique.

A LGP não é utilizada no Brasil
Apesar de no Brasil se falar português, o português do Brasil tem diferenças significativas do português europeu. Como tal, também a língua gestual é diferente e lá é utilizada a LIBRAS (Língua de sinais Brasileira).
A LGP tem um alfabeto manual que se chama dactilologia
A dactilologia é o sistema de representação das letras do alfabeto de uma língua. Este sistema também existe em português, no entanto, não é utilizado muitas vezes, porque os utilizadores de língua gestual normalmente comunicam através de sinais que representam palavras ou expressões completas e não “soletram” cada letra quando comunicam.
A LPG é diferente da linguagem oral
A LPG, tal como as outras línguas, tem um conjunto de regras pelas quais se rege. Ao contrário do português, a estrutura frásica da LGP é feita a partir da base SOV (sujeito – objeto – verbo) e OSV (objeto – sujeito -verbo). Para demarcar as interrogações ou exclamações, são utilizados elementos corporais, como por exemplo, o arquear das sobrancelhas ou o levantamento dos ombros.
Existe um projeto chamado “Mãos que Cantam” que interpreta músicas em LGP
Este projeto foi criado em 2010 e é um coro de surdos que conta com os alunos da Licenciatura e Mestrado em Língua Gestual Portuguesa do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica. Este coro começou por atuar em conjunto com o coro da universidade. É um projeto único e inovador e inclui peças como “Imagine” de John Lennon e “Eu Sei” de Sara Tavares.
Existem nomes gestuais
Cada pessoa, dentro da comunidade surda, tem um nome gestual. Estes nomes são diferentes e específicos para cada pessoa e são atribuídos tendo em conta as características de cada um.
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