Os melhores palavrões noutras línguas

Vá lá, admitam. Quando começam a aprender uma língua nova e quando já incorporaram aquelas partes mais básicas de como dizer “olá”, “adeus” ou “Qual é o caminho para a estação de metro?”, qual é a parte que mais desperta a vossa curiosidade? Não sei quanto a vocês, mas, em todos os cursos de línguas que já tirei, não demora muito até que alguém, corajosamente, do fundo da sala pergunta: “Então e os palavrões?”.

A plataforma Babbel também deve ter reparado nesta tendência e decidiu fazer um inquérito aos utilizadores para saber quais são os melhores palavrões nas suas línguas de origem. O resultado foi o seguinte:

(AVISO: se são sensíveis a palavrões, então se calhar este não é o melhor conteúdo para vocês).

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Português

Segundo a Babbel, o melhor palavrão da língua portuguesa é o clássico “foda-se”, que os ingleses traduziram, e bem, como “fuck”, seguido de “caralho” (“dick”) e “filho da puta (“son of a bitch”). O autor deste inquérito explica também que, quando as nossas emoções estão ao rubro, o melhor é dizer todos estes palavrões seguidos, de modo a expressar melhor o que nos vai na alma.

Afinal, dizer palavrões é um ato emotivo e nem sempre tem de fazer sentido.

Francês

Em França, existe um carinho especial pela palavra “merde”. É de tal forma comum que quase já faz parte do dia-a-dia e aparece sem censura em programas de televisão e até manchetes de jornais. “Putain” ocupa o segundo lugar. Outros exemplos de palavrões e expressões ofensivas em francês, incluem:

Casse-toi ! — Significa literalmente “vai-te partir” e serve para mandar alguém embora em termos pouco amigáveis.

Je te chie dans le cou — “Cago-te pelo pescoço abaixo.”

Lavette — Se chamarem lavette, a alguém, estão a mostrar que essa pessoa é tão patética e inútil como um farrapo de louça sujo.

Moule à merde — Não é um prato que se goste de encontrar num menu. Significa literalmente “mexilhão recheado de merda” e dá a entender que uma pessoa é tão inteligente como um bivalve sem sistema nervoso central.

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Sueco

De uma forma geral, os países escandinavos adoravam invocar o demónio, Satanás e o Inferno. Mas os suecos não têm nenhum problema em atirar um kuk ou uma fitta quando se sentem exaltados (os órgãos sexuais masculino e feminino respetivamente). Aqui fica uma pequena lista de insultos suecos para a vossa próxima visita ao IKEA:

fan — demónnio ou porra

djävul — demónio

jävlar — uma forma plural de demónio que muitas vezes é usada em interjeições como “merda!”

helvete — inferno

fan ta dig — que o diabo te carregue (ou uma forma com mais palavras de dizer “vai-te foder”)

Hjulet snurrar men hamstern är död (“a roda continua a girar, mas o hamster morreu”)

Russo

Os russos são conhecidos pelas suas expressões verbais coloridas e criativas. Claro que se ouvem muitos palavrões típicos como “blyat” (que significa “prostituta”, mas é usado no sentido da palavra que começa por “F”) e “suka”, ou “cabra”. Também é possível ouvi-lo em conjunto como “suka blyat”. Mas os melhores insultos russos nem sempre são os mais simples. Por exemplo:

Kon’ v palto! — “Um cavalo de casaco” É uma forma pouco amigável de dizer a alguém que não tem nada a ver com um determinado assunto ou de responder de forma pouco educada quando alguém pergunta “Quem és tu?”.

Pperhot’ podzalupnaya — “caspa da pilinha”

Hui s’gory — “pénis das montanhas”

Espanhol

Na minha humilde opinião, os melhores insultos são os insultos em espanhol. Não é que “nuestros hermanos” tenham um vasto vocabulário de palavrões, porque o objetivo não é esse. (Embora, se viram “Quem Matou Sara?”, perceberam que existe um grande carinho pela palavra “huevos” no México). O insulto espanhol é uma espécie de dança entre o ofensor e o ofendido, ajudada pelo facto de muitas palavras espanholas terem diferentes significados conforme o contexto e a região. Aqui ficam alguns exemplos:

pagafantas — Alguém que paga as Fantas todas (sim, o refrigerante) quando está desesperado para conquistar alguém

culicagado (Colombia) — “cu cagado”

Me cago en… — “Cago em….” o quê mesmo? A decisão é vossa. Podem cagar no leite de alguém, em tudo o que se mexe. O mundo é uma sanita..

Que te folle un pez — “Espero que um peixe te foda.”

tu puta madre en bicicleta — “a puta da tua mãe de bicicleta”

Alemão

O quê? Existem palavrões em alemão? Mas que pergunta é essa? Claro que sim! Os alemães dizem muitos palavrões, mas, segundo um dos nativos alemães que participaram no inquérito, são mais diretos e menos criativos do que os de outras línguas. Na verdade, até são bastante criativos, mas de uma maneira mais seca e irónica.

Também há que ter em conta que os alemães vêm o sexo e a nudez de forma muito relaxada e natural, por isso os palavrões não estão relacionados com essa área, já que na Alemanha não têm muito impacto. Palavras relacionadas com cocó como kacke e scheiße são relativamente comuns e não são vistas como palavrões.

Alguns dos melhores incluem:

arschgeige — “violino do cu”

evolutionsbremse — “pausa na evolução” (quando alguém está a atrasar o processo de evolução humana)

hackfresse — “cara de carne picada”

korinthenkacker — “caga passas”

E é isto que temos para vos oferecer desta vez. Acabou por ser uma viagem bastante cultural, não acham? E vocês? Quais são os vossos palavrões favoritos? (Podem ser internacionais ou não!). Digam-nos tudo e libertem essa raiva!