Descubra a História do Natal em Portugal

Sabia que inicialmente a Igreja Católica não comemorava o Natal? Ou que a tradição da Árvore Natalícia tem origens bem mais antigas do que o próprio Natal? A wisdom TRANSLATIONS está a entrar no espírito da época. Por isso apresentamos-lhe alguns factos curiosos sobre a História do Natal em Portugal.

Tradições Importadas da Alemanha

Descubra a História do Natal em Portugal

Antes de referirmos os principais elementos da História do Natal em Portugal convém salientar um dos factos principais sobre o Natal: a maior parte das nossas tradições foram importadas da Alemanha. Foi graças a D. Fernando II, que foi o segundo marido da Rainha D. Maria II e, por conseguinte Príncipe Consorte de Portugal entre 1836 e 1837, que as tradições alemãs foram importadas para cá.

Quando D. Fernando II resolveu não só montar uma árvore de Natal para a esposa e filhos, mas também distribuir prendas vestido de S. Nicolau, isto daria origem ao começo da tradição natalícia como a conhecemos por cá. No entanto estas iniciativas foram alvo de alguma resistência por parte de muitos portugueses. Alguns chegavam mesmo a recusar montar uma árvore de Natal, sendo o presépio visto como algo mais aceite. Por isso, uma boa parte da História do Natal como a conhecemos devemo-la aos alemães.

Natal nem sempre foi Natal como o conhecemos

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No mundo em geral nem sempre se celebrou o Natal como o conhecemos. A Igreja Católica celebrava Jesus e o seu nascimento, mas só no século IV é que esta época passou a ser conhecida como tal. Graças ao Papa Júlio I a data passou-se a celebrar a 25 de dezembro. Ainda assim há países que optaram por celebrar antes a dia 6 de Janeiro, uma vez que coincide com a visita dos Reis Magos a Cristo.

A Árvore já era decorada antes de ser Natal

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Na verdade, a Árvore de Natal começou por ser um adereço montado em honra ao deus da agricultura, Saturno. Também os egípcios tinham uma tradição muito parecida enfeitando as suas casas com galhos verdes no Solstício. Por fim, referimos também os druidas que decoravam carvalhos da mesma forma exatamente na mesma altura do ano.

Contudo, como já referimos em cima, foi graças a D. Fernando II que esta tradição chegaria a Portugal em 1844. O pinheiro do Príncipe Consorte de Portugal estava enfeitado com bolas e doces e na base tinha vários presentes para a família real.

De S. Nicolau ao Pai Natal

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A figura do Pai Natal é originalmente inspirada pela figura de S. Nicolau, um homem que distribuía presentes por diversas casas em aldeias a 6 de dezembro. No entanto, após a reforma católica do concílio de Trento, no século XVI, os presentes passaram a ser atribuídos ao menino Jesus e à ocasião do seu nascimento.

No caso de Portugal esta tradição foi-se modificando lentamente. Curiosamente foi apenas durante o final do século XX, que se passou a associar a figura do Pai Natal à época no nosso país. A figura do Pai Natal era tão popular a nível internacional que também por cá passamos a associar o simpático velhinho vestido de vermelho como a figura inspiradora da época.

O Presépio: a tradição sobrevivente

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A tradição que sem dúvida sobreviveu a vários séculos na Península Ibérica foi a do presépio representando o nascimento de Cristo. Há sempre pelo menos três figuras fulcrais nesta montagem: Jesus, Maria e José.

Em Portugal há quem costume representar diversos outros elementos do seu presépio, fazendo inclusive uma miniatura da vila ou aldeia a que se pertence. A tradição do presépio por cá está longe de ser substituída para muitos portugueses, visto que tanto o presépio como o pinheiro continuam a ser os principais elementos a decorar diversas casas nesta altura do ano.